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POSSO VIAJAR COM MEU GATO?

Tenho um gato, será que posso levar ele para viajar comigo?




Bom, depende.

Não é impossível viajar com gatos, e alguns bichanos batem muita patinha por aí. Porém gatos possuem alguma características bem diferentes dos cães, e viajar com eles requer um grande cuidado e atenção.


COMPORTAMENTOS NATURAIS DOS GATOS


Pra começar, vamos compreender um pouco o comportamento dos felinos na natureza, isso é importante para sabermos quais são os comportamentos naturais da espécie. Gatos são animais territorialistas, isso significa que eles delimitam seu território. Na natureza esse território pode ter de 800 metros até 8km de extensão, para os gatinhos domésticos a nossa casa é o território deles. Na natureza uma vez delimitado este território, cujo tamanho vai depender dos recursos que ele tiver, ele vai permanecer neste território por toda sua vida. Os gatos marcam seu território, deixam seu cheirinho, e protegem de possíveis invasores. Os gatos não costumam sair do seu território para explorar por aí, até porque teria que deixar seu território desprotegido, e ainda correr o risco de um conflito com outros felinos.


Outra característica importante de compreendermos, é que na natureza os gatos são predadores (caçam animais menores), mas também são presas (são caçados por outros animais). Isso faz com que os gatos fiquem inseguros ao sair do seu território (que já possui marcadores olfativos), e nesta situação eles passam a agir como presas, com comportamento de fuga e de se esconder.


A principal forma de comunicação dos gatos são os cheiros, eles se comunicam entre si pelo olfato. Eles marcam seus territórios se esfregando nos locais (inclusive na gente, não é fofo demais?). Essa marcação olfativa acontece através dos feromônios, que são compostos químicos, são "cheirinhos" que apenas os gatos sentem, e que transmitem um montão de informações.


Não, gatos não são pequenos cachorros que miam. Ambos são animais domésticos e dividem a casa com a gente, mas gatos são felinos, cachorros são canídeos, eles são evolutivamente muito diferentes. Não podemos esperar comportamentos iguais, ou mesmo ter a mesma rotina com cães e gatos.


Ainda que nossos bichanos sejam hoje animais domésticos, eles possuem em seus comportamentos naturais, em seus instintos, estas origens comportamentais, e por isso é um pouco mais delicado viajar com os gatos.


Quer dizer que meu gato nunca vai poder sair de casa?


De forma nenhuma! Quer dizer que você deverá ter uma atenção e um cuidado maior com seu bichano.



DICAS PARA VIAJAR COM GATO


Compreenda o período sensível

Gatos que em seu período sensível (começo da infância que vai até os 4 meses) já tiveram contato com estímulos diferentes, utilizaram coleiras e peitorais, e principalmente, tiveram boas experiências com estes estímulos, provavelmente estarão muito mais aptos a bater patinha por aí.


Se você adotou, ou vai adotar um filhote, procure apresentar a ele o máximo possível de estímulos, de forma progressiva e positiva, desde bem pequeno, quanto mais cedo melhor. Até os quatro meses de idade eles estão na sua maior fase de aprendizagem, o chamado período sensível, é a fase ideal para acostumá-lo a usar coleira, peitoral, guia e caixa de transporte. Se possível, aproveite este período.


Isso não quer dizer que gatos adultos, que já passara do período sensível, não poderão ser acostumados. Apenas que pode ser um pouco mais lento este processo. Eles aprendem a vida inteira, jamais deixe de ensinar o gato por causa da idade, até mesmo animais idosos aprendem coisas novas, e isso é muito bom para eles.


Conheça seu gato

Assim como com qualquer outro animal, conhecer o seu gato é fundamental.

É preciso conhecer os sinais, comportamentos e comunicação da espécie de forma geral, e também do seu animalzinho, afinal, assim como nós, eles são indivíduos e não são todos iguais.


Pesquise, estude, leia, e procure conhecer os sinais corporais dos seus pets, gatos principalmente têm formas sutis de se comunicar com a gente, é preciso atenção e sensibilidade para compreender.


Conheça os sinais de estresse, como respirar com a boca aberta e ficar ofegante por exemplo, e saiba quais as circunstâncias causam esse estresse no seu gatinho. Respeite sempre este limite, não o force a situações em que ele está desconfortável.


Treine a caixa de transporte

A caixa de transporte é uma ferramenta importantíssima para o manejo dos gatos, é essencial que todos os gatos tenham familiaridade com a caixa. Mesmo que você não pretenda passear ou viajar com seu gato, acostume-o a utilizar a caixa de transporte, afinal você pode ter que se mudar de casa, ou mesmo sempre haverá uma situação em que é preciso sair para ir ao veterinário, não é mesmo?


Não deixe com que o gato tenha medo, que odeia a caixa de transporte. Utilize a caixa de transporte como um lugar seguro, deixe ela na casa para que ele utilize como caminha, como toca, a caixa deve fazer parte da rotina do gato.


Não deixe para mostrar a caixa a ele apenas na hora de ir ao veterinário, não deixe que ele associe a caixa a situações ruins.


Se seu bichano for acostumado com a caixa (lembra da marcação com o cheirinho?), será bem menos traumático quando tiver que sair de casa.


Cuidado com fugas

Animais assustados tendem a fugir, portanto é muito importante ter muita atenção a situações que possam causar fuga, como hora de entrar e sair da caixa por exemplo.

Se seu gatinho fica tranquilo ao sair na guia (sim, alguns gatos ficam super bem e passeio na guia igual cachorros), preste atenção ao ajuste e mantenha sempre bem firme para que não tenha risco dele escapar. Jamais solte seu gatinho em lugares desconhecidos, ele não vai ter referencias olfativas e poderá se perder.


COM TUDO ISSO, VALE A PENA VIAJAR COM MEU GATO?


Já sabemos que é possível viajar com os gatos, a questão é se devemos viajar com eles. Depois de compreender esses aspectos, é o momento de avaliar se você pode viajar com seu gato.


Se seu gato não é acostumado a sair e viajar mantenha-o sempre que possível em seu próprio território, onde ele se sente seguro e confortável. Passeios ou viagens de lazer podem não ser uma boa ideia.


Em caso de mudança é inevitável mudar de território, neste caso é importante fazer uma adaptação correta e cuidadosa do gato na casa nova, e um treino de adaptação para a viagem (seja de carro, ônibus ou avião) é fundamental também.


Procure por um profissional para auxiliar neste processo. Veja aqui a live que fiz com a Marcela Panossian, especialista em comportamento e bem-estar de gatos.


Se ele é um gato acostumado, que foi adaptado a passear, bora bater patinhas com ele por aí, com os devidos cuidados é claro.


Veja aqui o Fredy, um gatinho lindo que viaja por aí com sua família.


Você já viajou com seu gatinho? Deixa aqui se relato.


 

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