Oi, gente! Aqui é a Sharlene, senti vontade de vir compartilhar com vocês um pouco da jornada intensa e transformadora que vivi nos últimos meses com a Cãomigo, participando da Formação em Fundraising da ABStartups e da Aceleração do InovAtiva Brasil.
Foi uma experiência que mudou não só a forma como eu vejo a Cãomigo, mas também como eu me vejo nesse universo maluco e apaixonante das startups.
A Cãomigo não nasceu como startup, como é o caso da maioria dos negócios desse ecossistema, que já surgem com objetivo de ser unicórnio e de fazer um grande exit.
Na verdade, a Cãomigo nasceu despretensiosamente, como uma agência de turismo pet friendly, fruto de um trabalho Trabalho de Conclusão de Curso no MBA em Gestão de Negócios, que concluí em 2016. Fica aqui o agradecimento especial ao amigo Ranielli, grande profissional e amigo, que acreditou na ideia, quando nem mesmos os nossos professores acreditavam.
Tudo começou lá em 2016, com o TCC, um curso básico em Turismo Animal, alguns cursos no Sebrae, um Empretec e um nome registrado no INPI.
Mas foi só em 2017, depois de muito estudo e planejamento (e medo, diga-se de passagem), que o primeiro evento aconteceu.
Por alguns anos, a Cãomigo atuou de forma regional, e foi aos poucos conquistando clientes, B2C e também B2B (olha eu usando linguagem de startup kkk).
A Cãomigo teve a entrada de uma investidora anjo, que foi responsável por um rebrandig, e a Cãomigo ganhou uma nova marca (nome já era registrado) e uma nova identidade visual, que marcou o início de uma nova fase.
O maior desafio para mim era crescer um negócio, que já ia bem, mas que dependia muito da minha presença, da minha atuação direta, e confesso que abrir mão de estar presente em tudo que acontece com a Cãomigo, foi um passo difícil para mim.
Depois de alguns anos, já com carteira de clientes, atendendo a um grande resort, foi que decidi pivotar (mudar, corrigir, em linguagem de startup), e buscar uma forma de escalar esse negócio. Mesmo que para isso, eu precisasse delegar.
Delegar. Eita verbo difícil de pôr em prática.
2023 foi um ano importante para a Cãomigo, onde grandes coisas se iniciaram, a começar pela entrada da Maria Paula como sócia no negócio, que foi um passo importante para nosso crescimento.
Em 2023, demos mais um passo importante com o lançamento do programa (na época ainda um projeto) de Multiplicadores, que começou de forma tímida, mas foi cuidadosamente planejado e carregado de propósito.
A grande surpresa foi que, logo no primeiro ano, recebemos o 2º lugar no Prêmio Nacional do Turismo, a maior premiação do turismo brasileiro, a nível nacional!!!
Foi um mega reconhecimento, e confirmou que estávamos no caminho certo.
Ainda em 2023, nos associamos à ABPetTech e, levamos o 1º lugar no pitch do Pet Day da associação, neste momento já era o segundo prêmio, e já estávamos escalando o negócio.
Mas eu ainda não via a Cãomigo como uma startup de verdade.
Fui aluna na primeira turma da formação Turistech Leadership, que foi incrível, voltada a líderes de inovação no turismo, mas apesar disso, ainda não me sentia parte de uma comunidade de startups, nem me sentia verdadeiramente uma startupeira, sabe?
Participo de muitos eventos da área de turismo, já fui palestrante em eventos importantes do setor, como Expotel, Encatho e Exprotel, WTM, e a Cãomigo foi expositora convidada no Salão do Turismo, mas sempre me sentia meio "diferente" por sermos sempre as únicas representantes do segmento pet nestes espaços.
Por outro lado, em eventos do segmento pet, como a Pet South America e a Feipet, onde fomos expositoras em 2024, também me sentia diferente, por ser na verdade uma empresa de turismo, ainda que voltada exclusivamente ao pet friendly.
Em outros eventos de inovação e startups, em que palestrei e/ou fui expositora convidada, como o Hacktown SRS, sempre me vi como a única de turismo pet, e me sentia um pouco cachorro fora da trilha (minha versão para peixe fora d'água kkkk), porque embora o tema sempre gere curiosidade, atenção e até elogios, eu não me sentia de verdade parte daquilo.
A Síndrome do Impostor pega forte por aqui, mas já estou tratando isso na terapia.
Duas coisas aconteceram este ano que mudaram esse sentimento: a Formação Fundraising da ABStartups, que também me levou ao CASE, e a Aceleração do InovAtiva Brasil.
Foi uma jornada intensa, as duas coisas ao mesmo tempo, com muitas aulas, mentorias, encontros online, e muita, muita informação.
Confesso que fiquei bem louca em alguns momentos!
Era tantas coisas novas, termos e conceitos de startups que eu nunca tinha ouvido falar, e outros que não sabia bem o significado. Churn, Product Markt Fit, VC, vesting, drag along... tudo parecia para mim uma grande sopa de letrinhas.
Durante essas últimas semanas as letrinhas foram se alinhando, os conceitos tomando forma, e fui cada vez compreendendo um pouco mais esse universo paralelo das startups. Mas me sentia ainda um pouco olhando de fora, sabe?
Na semana passada iniciou uma jornada de 7 dias super intensos, com eventos pré-CASE, CASE e Inovativa Experience, tudo numa sequencia que não dava nem pra respirar.
Já no primeiro dia, quando cheguei ao Cubo Itaú (um pouco atrasada, confesso), em um encontro sobre Product Market Fit, fui recebida com um sorriso gentil das colegas que me acolheram super bem.
Naquele dia conheci mulheres incríveis, mulheres startupeiras, que lutam por um espaço em um universo onde os homens ainda são maioria. Conversamos, rimos, trocamos experiências, e fui percebendo que minha dor (olha eu usando linguagem de pitch kkk), era uma dor também sentida por outras.
No mesmo dia um outro encontro apenas para Founders (sim, eu sou uma founder kkk) me mostrou tantos cases incríveis, histórias inspiradoras, informações sobre o funcionamento das startups, seus aspectos jurídicos, práticas de mercado e tantas outras informações importantes. Confesso que muitas vezes tive que fingir costume, e depois pesquisar em casa o assunto pra entender melhor.
Ser selecionada para a Formação em Fundraising já foi um grande passo, pois houve seleção das startups participantes, foi bem disputado, e conseguimos.
A Formação Fundraising, tive que aprender o que era isso, confesso kkkk, me ensinou sobre captação de recursos, planejamento financeiro, formas de contratos, opções de captação, práticas de mercado, venture capital, venture building, e mais um montão de coisas.
E pra completar o que já era bom, me levou a conseguir não só um ingresso para o CASE, o que já me deixava bem feliz, mas também um stand de startup expositora e acesso a arena de negócios!
Era mais do que eu imaginava, e foi incrível. Pude falar sobre a Cãomigo com muita gente, apresentar meu pitch elevator e conversar com investidores.
Estar ali foi tão bom, comecei a me sentir parte de uma "tribo", sabe?
No InovAtiva Experience, com a companhia incrível da Maria Paula, passamos por três dias insanos de conteúdo, mentorias e pitches. Fechamos o evento com a Má brilhando em nosso pitch final e conquistando o prêmio de Startup Destaque!
Ali ficou claro para mim que sim, a Cãomigo é uma startup!
Embora a nossa história não seja igualzinha as do Vale do Silício, temos uma caminhada única, cheia de paixão e de propósitos, e que o que fazemos está dando certo.
Estamos no caminho certo!
É tão bom e tão importante se sentir realmente membro de um grupo, de uma tribo, de um ecossistema. Nos traz um senso de pertencimento incrível, nos faz querer ajudar e querer buscar ajuda, nos faz querer crescer junto.
A Síndrome da Impostora que lute, porque me sinto cada vez mais pertencente a esse universo, e cada vez mais, merecedora dos reconhecimentos que estamos tendo.
A cada mentor, não vou citar nomes porque foram muitos, a cada colega startupeiro, a cada um que fez parte desta história, meu muito obrigada!
A minha sócia, que está desbravando comigo esse universo paralelo, muito obrigada!
A equipe maravilhosa do Inovativa, do Case e da Abstartups, muito obrigada!
Obrigada por fazerem parte dessa caminhada comigo! 🐾✨
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